Esta "chapa cinco" é ainda a maior goleada da época na Liga (só o FC Porto tinha já marcado cinco golos, mas sofrendo dois, frente à União de Leiria) e o resultado mais dilatado jamais obtido frente ao Nacional, um adversário tradicionalmente complicado para os Dragões.
O FC Porto entrou em jogo a todo o gás, pressionando no meio campo adversário e trocando rapidamente a bola. O primeiro sinal de perigo foi dado por Belluschi, com um remate por cima da baliza contrária, aos dois minutos. Os madeirenses, apostados em explorar o contra-ataque, adaptaram-se rapidamente à postura portista, preenchendo bem os espaços e defendendo com muitos homens. Ainda assim, os Dragões não deixaram de criar perigo e foi de novo Belluschi, a passe de Hulk, a forçar Marcelo a uma defesa apertada.
O golo haveria mesmo de surgir aos 24 minutos. Walter deu de calcanhar para Defour, que tentou a sua sorte de fora da área. O remate do belga ia colocado, mas foi ainda desviado pelo corpo de Neto, traindo Marcelo. Estava feito o 1-0, que se justificava plenamente pelo desenrolar do encontro. O médio fez o seu primeiro tento na Liga.
A toada de jogo, no entanto, não se alterou. O Nacional manteve-se expectante, o FC Porto dominador. E, na sequência desse domínio, os azuis e brancos conquistaram um pontapé de canto que haveria de dar o 2-0: Hulk cruzou, Rolando cabeceou na direcção da baliza e Walter encostou junto ao poste. Foi o sexto golo do brasileiro nos últimos três jogos. Só no final da primeira parte, por intermédio de Mateus, o Nacional ameaçou a baliza do FC Porto, mas Helton resolveu o problema com facilidade.
No reatamento, os madeirenses pareceram querer assumir parte da "despesa" do jogo. No entanto, foi Hulk, aos 47 minutos, num rápido contra-ataque, a ficar perto do terceiro golo. A bola raspou no poste direito da baliza do Nacional. Aos 67 minutos, o FC Porto “encerrou” a discussão da partida, ao fazer o 3-0. Belluschi apontou o livre que obrigou Marcelo a uma defesa de recurso, mas o ressalto ficou ao dispor de Sapunaru, que cabeceou à vontade. E ainda estava lá Rolando para encostar, se fosse necessário.
Nos últimos instantes, mais duas cerejas sobre o bolo da exibição portista. Aos 90 minutos, Kléber finalizou uma triangulação em que também estiveram envolvidos Guarín e João Moutinho, curiosamente os três jogadores que saíram do banco. Mas o lance mais bonito do jogo tem de ser atribuído a Hulk, que, no último fôlego da partida, picou a bola sobre Marcelo, de pé esquerdo, fazendo o 5-0 e o seu quarto golo na Liga.
FICHA DE JOGO
FC Porto-Nacional, 5-0
Liga portuguesa, oitava jornada
23 de Outubro de 2011
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 23.135 espectadores
Árbitro: Cosme Machado (AF Braga)
Assistentes: Alfredo Braga e José Gomes
Quarto árbitro: Manuel Mota
FC PORTO: Helton «cap»; Sapunaru, Rolando, Mangala e Alvaro Pereira; Fernando, Defour e Belluschi; Hulk, Walter e Varela
Substituições: Defour por Guarín (72m), Belluschi por João Moutinho (72m) e Walter por Kléber (78m)
Não utilizados: Bracalli, James, Djalma e Otamendi
Treinador: Vítor Pereira
NACIONAL: Marcelo; Claudemir, Felipe Lopes «cap.», Neto e Danielson; Luís Alberto, Todorovic e Juliano; Mateus, Mário Rondon e Diego Barcellos
Substituições: Luís Alberto por Elizeu (46m), Mateus por Candeias (73m) e Diego Barcellos por Edgar Costa (85m)
Não utilizados: Vladan, Nuno Pinto, Skolnik e Oliver
Treinador: Ivo Vieira
Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Defour (24m), Walter (40m), Sapunaru (67m), Kléber (90m) e Hulk (90m+2)
Disciplina: nada a assinalar
Fonte: fcporto.pt
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