Na última década, excluindo das contas a Selecção portuguesa, o FC Porto "fabricou" oito internacionais de raiz, seis deles na principal selecção do planeta: o Brasil. Aliás, com algumas condicionantes a servir de justificação, o FC Porto é o clube mais representado na última convocatória de Mano Menezes. Não é uma medalha, mas quase.
Alex Sandro e Kléber ainda só têm a convocatória para comemorar, mas é muito provável que hoje [ver também página 31] ou na próxima semana passem a fazer parte dos jogadores oficialmente estreados. Se a chamada do lateral reflecte o estatuto adquirido no Brasil, e não as exibições produzidas em Portugal, já Kléber beneficiou claramente do efeito mediático da mudança. E não foi o único.
Hulk tem sido o exemplo mais bem sucedido da montra portista no que toca a projectar internacionais para a selecção brasileira, apesar de não estar no lote dos indiscutíveis. Helton não conseguiu fixar-se nas opções e Anderson estava a despontar nas escolhas do seleccionador de então, Dunga, quando foi transferido para Manchester, onde, ironicamente, passou a ter menos atenção.
Na última década, para além das estreias absolutas, foram vários os exemplos de jogadores que recuperaram ou reforçaram o estatuto de internacionais depois de chegarem ao futebol português, e ao FC Porto em particular. Lisandro e Belluschi, na também emblemática Argentina, são os casos mais flagrantes. Um e outro tinham passagens episódicas pela selecção e repetiram mais vezes as chamadas com o rendimento no Dragão. Aliás, o salto de Lisandro para o campeonato francês significou, no que toca a internacionalizações, o ponto final.
Os critérios dos seleccionadores nas escolhas nem sempre são claros, mas, pelo que se percebe do balanço dos últimos dez anos, no quadro aqui ao lado, o FC Porto parece estar bem cotado nas atenções que dispensam ao rendimento dos jogadores. Uma montra de que todos tiram partido.
Fonte: ojogo.pt
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