quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ATACAR MAIS NÃO CHEGOU

O FC Porto perdeu esta terça-feira no terreno do APOEL, por 2-1, em encontro da quarta jornada do grupo G da Champions League. Num encontro dominado territorialmente pelos Dragões, o adversário chegou à vitória nos últimos instantes da partida. Apesar de estarem agora a quatro pontos dos cipriotas, líderes do grupo, os azuis e brancos mantêm a expectativa de chegar aos oitavos-de-final.

A primeira parte foi disputada de forma bastante táctica, com ambas as equipas mais preocupadas em não cometer erros. Ainda assim, desde o apito inicial, foi o FC Porto a assumir as maiores despesas do jogo e a lançar-se no ataque. Exemplo disso foi uma arrancada de Hulk, aos 19 minutos, que culminou num remate defendido com felicidade por Pardo.

Os cipriotas tentaram criar perigo essencialmente em contra-ataque, mas foram apanhados várias vezes na “armadilha” do fora de jogo azul e branco. O golo inaugural acabou por surgir contra a corrente do encontro, através de uma grande penalidade convertida por Ailton, depois de um lance em que estiveram envolvidos o brasileiro e Mangala. Ao intervalo, o FC Porto tinha mais posse de bola e muito mais remates (11 contra três da equipa da casa).

Na etapa complementar, face a uma equipa mais interessada em “congelar” o jogo, o FC Porto lançou-se para o ataque, tentando tudo para chegar ao empate. Aos 59 minutos, um remate perigoso de Hulk foi interceptado por um defesa e, aos 63, uma arrancada impressionante do “Incrível” foi culminada com mais uma tentativa de Belluschi que embateu na “muralha” amarela.

Guarín e James foram lançados aos 60 minutos e seria precisamente uma falta cometida sobre o jovem avançado colombiano que permitiria a Hulk empatar o jogo, da marca de grande penalidade, aos 89 minutos. Entusiasmado com o golo e sem pensar noutro resultado que não a vitória, o FC Porto não tirou o pé do acelerador e acabou por ser surpreendido no lance seguinte, um contra-ataque finalizado por Manduca, em posição de fora de jogo. Depois, já não houve tempo para recuperar.

Os Dragões terminaram o desafio com 54 por cento de posse de bola e 22 remates efectuados, contra cinco do adversário. Helton não fez qualquer defesa. Estes dados não servem de consolo, mas transmitem uma imagem do que se passou no relvado de Nicósia, onde o FC Porto pode não ter feito uma grande exibição, mas onde também foi bastante infeliz. Resta pensar em vencer em Donetsk e no Dragão, frente ao Zenit, para chegar aos 10 pontos que devem garantir o apuramento para a próxima fase.

FICHA DE JOGO

APOEL-FC Porto, 2-1
UEFA Champions League, grupo G, quarta jornada
1 de Novembro de 2011
Estádio GSP, em Nicósia
Assistência: 22.301 espectadores

Árbitro: Gianluca Rocchi (Itália)
Assistentes: Luca Maggiani e Elenito Di Liberatore
Quarto árbitro: Andrea Gervasoni
Assistentes adicionais: Mauro Bergonzi e Andrea De Marco

APOEL: Pardo; Poursaitides, Oliveira, Paulo Jorge e Soloumou; Hélio Pinto, Nuno Morais e Manduca; Charalambides «cap.», Ailton e Tricovski
Substituições: Aliton por Jahic (77m), Tricovski por Solari (85m) e Manduca por Alexandrou (90m+2)
Não utilizados: Kissas, Kaká, Belaid e Satsias
Treinador: Ivan Jovanovic

FC PORTO: Helton «cap.»; Fucile, Rolando, Mangala e Alvaro Pereira; Fernando, João Moutinho e Belluschi; Hulk, Kléber e Varela
Substituições: Fernando por Guarín (60m), Varela por James (60m) e Belluschi por Defour (76m)
Não utilizados: Bracalli, Djalma, Sapunaru e Otamendi
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Ailton (42m, g.p.), Hulk (89m, g.p.) e Manduca (90m)
Disciplina: cartão amarelo para Varela (3m), Mangala (42m), Poursaitides (62m), Manduca (76m) e Charalambides (90m+2)



Fonte: fcporto.pt

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