segunda-feira, 19 de setembro de 2011

INVESTIMENTO SEM RETORNO


No futebol, como nos mercados financeiros, há investimentos sem retorno. Frente ao Feirense, lógica e atitude de nada serviram ao FC Porto, pouco lhe valendo atacar mais e melhor, arriscar mais e com maior frequência ou, ainda, fazê-lo com mais qualidade e maior insistência. O resultado foi invariavelmente nulo, sem qualquer proveito e incapaz de render a quinta vitória à quinta jornada.

Quarenta e cinco segundos foi tempo suficiente para o jogo prometer mais do que a primeira parte viria a cumprir. Na primeira situação de posse de bola, o FC Porto desenhava o seu projecto inicial de golo, com alicerces seguros num passe sublime de Belluschi, a que Kléber não acrescentou a conclusão aguardada; opôs-se-lhe, no último instante, o guarda-redes Paulo Lopes.

Sem período de estudo mútuo ou aviso prévio, a intenção portista tornara-se clara em menos de um minuto. O campeão pisava o relvado de Aveiro para ganhar, mandando. Com a condição de supr
emacia liminarmente aceite pelo opositor, o jogo conquistou a configuração esperada, com o Feirense a responder ao domínio azul e branco com contra-ataques rápidos.

Até aí, nada de novo, ou de verdadeiramente surpreendente. As dificuldades experimentadas pelo FC Porto não eram de todo inesperadas, ao ponto de terem sido antecipadas pelo seu treinador. Com apenas Rabiola dispensado de desempenhos defensivos, o Feirense colocava demasiados obstáculos no percurso para a sua baliza, frequentemente desbravado pelo génio de Belluschi, pela velocidade de James ou pelo disparo de Guarín.

Como na primeira metade, o FC Porto quase marcou a abrir a segunda. Um canto, Varela a cruzar e Rodríguez, de cabeça, a proporcionar a defesa instintiva a Paulo Lopes, que ainda fez a bola embater na trave, a mesma a que regressaria, caprichosamente, aos 74 minutos, após remate de João Moutinho.

Na redescoberta de alternativas para atingir a baliza adversária, o jogo partiu-se, entretanto, mas sem nunca quebrar a determinação portista. Mesmo perante a ameaça crescente do contra-ataque feirense, que conquistava maior dose de perigo com a aproximação do final. Varela e Rolando voltaram a aproxi
mar o FC Porto do golo, em novas insistências que não renderam a quinta vitória em cinco jornadas por questões de pormenor.

FICHA DE JOGO
Feirense-FC Porto, 0-0

Liga 2011/12, quinta jornada
18 de Setembro de 2011
Estádio Municipal de Aveiro

Árbitro: Bruno Esteves (Setúbal)
Assistentes: António Godinho e Mário Dionísio
Quarto Árbitro: Jorge Tavares

FEIRENSE: Paulo Lopes; Pedro Queirós, Henrique, Luciano «cap.» e Mika; Sténio e Varela; Miguel Pedro, Diogo Cunha e Fonseca; Rabiola
Substituições: Sténio por Cris (57m), Miguel Pedro por Ludovic (66m) e Diogo Cunha por André Fontes (78m)
Não utilizados: Pajetat
Treinador: Quim Machado

FC PORTO: Helton «cap.»; Supunaru, Rolando, Mangala e Fucile; João Moutinho, Guarín e Belluschi; James, Klébler e Rodríguez
Substituições: Kléber por Varela (46m), Rodríguez por Defour (70m) e Sapunaru por Djalma (81m)
Não utilizados: Bracalli, Walter, Fernando e Otamendi
Treinador: Vítor Pereira

Disciplina: cartão amarelo a Diogo Cunha (16m), Pedro Queirós (29m), Fucile (44m), Mangala (66m), Rolando (72m) e Rabiola (90m); cartão vermelho a James (90m)



Fonte: fcporto.pt

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