sábado, 29 de dezembro de 2012

«Não fui recebido como devia» - Hulk


Hulk (foto AP)
O avançado brasileiro Hulk, que no verão trocou o FC Porto pelo Zenit, assegura que os problemas com os companheiros de equipa e com o treinador estão ultrapassar e que nunca se sentiu discriminado por parte dos adeptos, que recentemente se manifestaram contra a contratação de jogadores negros e homossexuais.

«Esses jogadores nunca falaram comigo. Conversaram entre eles e a direção do clube não gostou que o assunto se tornasse público. Mas isso já passou. Hoje, temos uma boa relação», atesta Hulk sobre o caso que marcou a sua chegada a São Petersburgo, com alguns dos jogadores mais influentes a protestarem o elevado salário do brasileiro.

Superado está igualmente o desentendimento com Luciano Spalletti, por ter manifestado desagrado depois de ser substituído em vários jogos consecutivos: «Foi uma exigência normal. Estava de cabeça quente por causa das substituições, entre outros motivos. O treinador é uma excelente pessoa e foi um dos principais responsáveis pela minha contratação. Também está tudo resolvido.»

Em entrevista ao Estado de São Paulo, Hulk assegura que não soube do comunicado dos adeptos do Zenit, que contestaram a contratação de jogadores negros e homossexuais: 

«Não tive conhecimento desse assunto, estou a saber agora. Nunca me senti discriminado. Fui muito bem recebido pelos adeptos e nunca tive problemas. O que penso sobre isso? É uma posição é desagradável. Temos de respeitar cada jogador e cada pessoa independentemente de sua nacionalidade e da cor da pele.»

O “incrível” diz-se também tranquilo com o facto de ter representado uma das maiores transferências de sempre do futebol russo (custou 40 milhões de euros aos cofres do Zenit): «Não posso dar importância a isso. Tem um lado positivo, o da valorização, mas também tem a pressão. É preciso ter os pés assentes no chão e continuar a trabalhar.»

Por fim, Hulk considera que o ambiente no Zenit prejudicou a prestação da equipa na Liga dos Campeões: «Faltou entrosamento. O ambiente ficou um pouco conturbado porque não fui recebido como deveria. Isso prejudicou bastante. Se tivéssemos jogado todas as partidas como a última (vitória sobre o Milan), teríamos conseguido o apuramento para os oitavos de final. Planos para 2013? Quero fazer história no Zenit. Quero estar bem física e mentalmente para aproveitar as oportunidades e ficar perto da seleção.»

Fonte: abola.pt


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