sábado, 7 de maio de 2011

fcporto.pt - PRÓXIMA PARAGEM: DUBLIN!


O FC Porto está na final da UEFA Europa League, em Dublin, onde vai defrontar outra equipa portuguesa, o SC Braga. O Villarreal não conseguiu travar a campanha esmagadora dos Dragões, apesar de ter vencido por 3-2 no encontro da segunda mão das meias-finais, esta quinta-feira. A passagem à final ficou decidida no início da segunda parte e os Dragões souberam resguardar-se para chegar à Irlanda na máxima força.

Há que dar o devido destaque à crença do Villarreal, que entrou em campo acreditando na reviravolta na eliminatória. No entanto, isso só dá mais valor à exibição portista nos jogos frente ao poderoso «submarino amarelo» (vitória por 7-4 nas duas mãos). Neste segundo encontro, os Dragões deixaram sangue e suor em campo, mas não houve lágrimas. Ou então, foram apenas de alegria. O objectivo traçado pelo plantel no dealbar da época está à distância de uma vitória.

A primeira meia hora dos espanhóis foi fortíssima. A disponibilidade física dos jogadores amarelos foi total e ficou também claro que essa energia não poderia durar todo o encontro. O FC Porto teve dificuldades em sair em contra-ataque, como desejava, até porque o Villarreal estava completamente balanceado para a frente. No entanto, o primeiro sinal de perigo até foi azul e branco, com um remate ao lado de Rodríguez, aos quatro minutos.

Durante largos minutos, o FC Porto soube sofrer. Houve enorme entreajuda e também grandes intervenções de Helton. A pressão do público sobre o árbitro era intensa. E os locais chegaram mesmo à vantagem por intermédio de Cani, aos 17 minutos, num lance precedido de fora-de-jogo.

Porém, aos poucos, foram abrindo-se brechas na defesa e no “pulmão” do Villarreal. Aos 40 minutos, Hulk, num rápido contra-ataque, galgou vários metros e rematou “com tudo” à baliza contrária. A bola ainda bateu em Musacchio e deixou Diego López sem hipóteses de defesa. Estava anulado o efeito do golo espanhol no Dragão e escancarada a porta para Dublin.

Ainda antes do intervalo, Hulk quase completava a reviravolta no marcador, numa arrancada que só não culminou em golo porque Diego López efectuou uma defesa milagrosa. No entanto, logo aos três minutos da segunda parte, Falcao colocou o FC Porto em vantagem, num lance rapidíssimo em que intervieram James, Guarín e Falcao. “El Tigre” finalizou e, com 16 golos nesta edição da Europa League, converteu-se no melhor marcador de sempre numa campanha europeia, um máximo que datava de 1995/96 e era pertença do alemão Klinsmann.

Com o bilhete garantido para a final, André Villas-Boas fez a gestão da equipa, retirando João Moutinho de campo aos 52 minutos. O jogo passou então por uma fase interessante, com as duas equipas a actuarem sem grandes compromissos defensivos. Os Dragões tiveram duas grandes ocasiões para “fechar” o jogo, com um tiro de Guarín na trave (64 minutos) e uma espectacular troca de bola que James não conseguiu finalizar (71), na cara de Diego López.

Nos últimos 15 minutos, o Villarreal marcou dois golos e garantiu a vitória no jogo, num período em que os atletas do FC Porto revelavam mais preocupação em evitar entradas perigosas do adversário e cartões que pusessem em risco a presença no final. O 2-3 final não mancha, de todo, o fantástico percurso dos azuis e brancos na competição: 16 jogos, com 13 vitórias, um empate e somente duas derrotas, 43 golos marcados e 16 sofridos.

FICHA DE JOGO

Villarreal-FC Porto, 3-2 (4-7 no total da eliminatória)
UEFA Europa League, meias-finais, segunda mão
5 de Maio de 2011
Estádio El Madrigal, em Vila-real

Árbitro: Gianluca Rocchi (Itália)
Assistentes: Cristiano Copelli e Elenito Di Liberatore
Quarto árbitro: Daniele Orsato
Assistentes adicionais: Mauro Bergonzi e Andrea De Marco

VILLARREAL: Diego López; Mario Gaspar, Musacchio, Bruno Soriano e Capdevila; Matilla, Santi Cazorla «cap.» e Cani; Nilmar, Marco Ruben e Rossi
Substituições: Cazorla por Marchena (57m), Matilla por Mubarak (57m) e Nilmar por Senna (67m)
Não utilizados: Juan Carlos, Oriol, Borja Valero e Cicinho
Treinador: Juan Carlos Garrido

FC PORTO: Helton «cap.»; Sapunaru, Rolando, Otamendi e Alvaro Pereira; Fernando, João Moutinho e Guarín; Hulk, Falcao e Rodríguez
Substituições: Rodríguez por James (32m), João Moutinho por Souza (52m) e Fernando por Rúben Micael (61m)
Não utilizados: Beto, Maicon, Sereno e Walter
Treinador: André Villas-Boas

Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Cani (17m), Hulk (40m), Falcao (48m), Capdevila (75m) e Rossi (80m, g.p.)
Disciplina: cartão amarelo a Falcao (26m), Bruno Soriano (54m), Sapunaru (60m), Mubarak (62m), Rúben Micael (74m) e Otamendi (79m)

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