Hulk renovou até 2016 com o FC Porto, que detém agora mais 40 por cento do passe, em resultado de um acordo selado ontem e oficializado num comunicado à Comissão de Mercados e Valores Mobiliários (CMVM). A operação, que Pinto da Costa tornou pública no final de um jantar com adeptos em Vila Real, em jeito de sobremesa, custou aos portistas 13,5 milhões de euros, parcela que, somada aos 5,5 milhões pagos pela fatia de 50 por cento adquirida inicialmente, faz do brasileiro o mais caro jogador de sempre do FC Porto e do futebol português: 19 milhões de euros foi o investimento portista em Hulk, que continua a ter uma cláusula de 100 milhões de euros. Os 13, 5 milhões, segundo informa o comunicado dos portistas, serão pagos ao Clube Atlético Rentistas, emblema uruguaio associado a Juan Figer, empresário do brasileiro. "Perguntaram-me hoje se conseguia segurar Hulk e Falcao. Se não há defesa que consiga, como conseguiria eu? Mas isso é no campo, porque vou dar-vos uma notícia em primeira mão: antes de vir para aqui, a última coisa que fiz foi renovar com Hulk", disse Pinto da Costa, em Vila Real.
O brasileiro tinha contrato até 2015 e já estava blindado pela cláusula de 100 milhões, mas a posição dos portistas sai reforçada porque, para efeitos futuros, o lucro a obter com uma possível venda quase que duplica. Até ontem, o FC Porto só teria direito a cerca de metade do valor do negócio, passando a deter agora o proveito quase total. Hulk é, como se sabe, um dos jogadores mais cobiçados do plantel, a par de Falcao, que tem mais dois anos de contrato com os dragões.
Atacar a Champions é um dos objectivos firmes dos portistas na próxima época e, apesar de ter os elementos nucleares contratualmente salvaguardados, começa a desenhar-se uma estratégia idêntica à de 2003, quando o clube conseguiu bloquear o assédio aos principais jogadores depois da vitória na UEFA. Além de Falcao, também Fernando, Rolando e Álvaro Pereira, por exemplo, têm sido notícia por conta de supostos apetites de outros clubes, facto que reforça a convicção de que outras renovações podem estar na calha.
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